Todos os empreendedores devem se perguntar neste momento, o que significa liderança? O que é resiliência? E o que esses dois termos possuem em comum na administração de um empreendimento de qualquer natureza ou tamanho?

A administração clássica tem como tarefas ou funções básicas o planejamento, a organização, a direção e execução e o controle das atividades de forma a que não se desviem das metas estabelecidas, sendo que para garantir a fluidez, estabelece princípios gerais que passam por divisão de trabalho, disciplina, autoridade, responsabilidade, preponderância do bem comum em detrimento dos interesses individuais, remuneração, hierarquia, espírito de equipe, entre outras.

Neste momento, “vivemos um tempo de incertezas, causado por uma questão de ordem exclusivamente sanitária a qual não poupou ninguém, sequer a mais avançada economia do planeta, mostrando-nos claramente um fato que por muito tempo foi ignorado na visão de governantes e líderes políticos ao redor do mundo: não existe ninguém melhor que ninguém e não é possível o alcance de nenhum resultado sem uma ação coordenada e conjunta!” explica a economista e master coach, Penha Pereira.

E neste novo contexto no qual uma grande parcela das corporações optará pelo trabalho remoto, certamente há uma necessidade de revisão de estratégias de gestão de riscos internos, com terceiros, com processos, com as pessoas envolvidas, e além disso tudo, será fundamental que se reveja o conceito de hierarquia.

Dado este cenário, o que se espera então de um líder nesses novos tempos, com novos formatos das relações de trabalho, tanto em nível do espaço físico como nos aspectos contratuais?

  1. Empatia ao máximo, mesmo por meio de uma tela. O contato constante e percepção sobre a pessoa do outro lado, gerará confiança e segurança nas equipes. Não confundir com cobranças online, que não são sinais de liderança;
  2. Transparência, uma vez que, como não é viável muitos encontros e reuniões para conversas, a liderança e administração precisam ser diretas e abertas para que todos entendam perfeita e rapidamente o que se deseja;
  3. Sensibilidade, pois o líder precisa ter a habilidade de perceber eventuais dificuldades dos colaboradores, que quando juntos, em um escritório tradicional, auxiliam uns aos outros, mas isolados ficam com suas necessidades às vezes não atendidas e podem desfalcar a produção necessária à corporação;
  4. Humildade, a consciência de que toda a equipe está em uma nova situação e ninguém nela domina tudo;
  5. Disponibilidade e audição, em vista que o gestor precisa ser aberto às questões trazidas por seus colaboradores e ouvir com atenção. Caso contrário, o diálogo não surtirá o efeito ideal.

Desta forma, além dos desafios técnicos, o líder deverá aprender e incorporar habilidades mais ligadas ao emocional, ao humano, com o passar do tempo, para que o processo seja natural e permita a promoção de tranquilidade para a continuidade do trabalho e motivação dos colaboradores. “É muito desafiador para os executivos que lideram, mas lembramos que é justamente no momento de dúvida ou crises que podemos verificar realmente a força e o valor de uma pessoa e para ela é exatamente nesse momento que se prova audaz”, finaliza Penha.

 

Fonte: administradores.com.br

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